sábado, 31 de março de 2007
SECRETOS PRAZERES DO BLOGUE (10)
SECRETOS PRAZERES DO BLOGUE (8)
Então, vamos a isto — para completar este, tomar nota da seguinte referência bibliográfica:
Ensaio de Psicologia Portuguesa, Francisco da Cunha Leão, edição Guimarães Editores, colecção Filosofia & Ensaios, Lisboa, 1971 (1.ª edição).
SECRETOS PRAZERES DO BLOGUE (3)
SECRETOS PRAZERES DO BLOGUE (2)
Então, aqui vai:
O Enigma Português, Francisco da Cunha Leão, edição Guimarães Editores, colecção Filosofia & Ensaios, Lisboa, 1960 (1.ª edição).
{A colecção indicada foi fundada pelo referido Autor.}
SECRETOS PRAZERES DE UM PORTUGUÊS
VELUDO AZUL
Cena de Blue Velvet (1986), de David Lynch, em que vemos Isabella Rossellini interpretar a canção-título-leitmotiv do Filme, acompanhada ao piano por Angelo Badalamenti (o próprio!), sob o olhar atento e fascinado de Laura Dern e Kyle MacLachlan. De cortar a respiração, portanto.
sexta-feira, 30 de março de 2007
CAMINHADA EM ABERTO OU ESTRADA SEM FIM À VISTA
quinta-feira, 29 de março de 2007
NÃO FAÇAM CONFUSÃO
CHEIRA-ME...
ESCULPIR O TEMPO
(1932 — 1986)
quarta-feira, 28 de março de 2007
terça-feira, 27 de março de 2007
DO ELITISMO ENQUANTO MANEIRA DE SER
SOBRE ARTE E ANTIGUIDADE
(1749 — 1832)
DO ETERNO FEMININO — V
É símbolo somente;
O que se não atinge,
Aqui temos presente;
O mesmo indescritível
Se realiza aqui;
O feminino eterno
Atrai-nos para si.
In Fausto, de Goethe.
segunda-feira, 26 de março de 2007
MÚSICA PARA HOJE (3)
(1888 — 1935)
MÚSICA PARA HOJE (2)
(1895 — 1956)
NOTAS SOBRE O CINEMATÓGRAFO (2)
(1907 — 1999)
NOTAS SOBRE O CINEMATÓGRAFO (1)
(1907 — 1999)
domingo, 25 de março de 2007
POSTALINHO PEQUENINO MAS COM MUITA INFORMAÇÃO
Aproveito para dizer que, não tendo eu, neste meu blogue pessoal, caixas-de-comentários (a declaração do princípio está acoli), não comento noutros lugares, pois não me pareceria 'justo'. Abro, naturalmente, uma excepção, para o fazer nesse tal único blogue colectivo onde colaboro.
sábado, 24 de março de 2007
MAIS UM ACHADO
sexta-feira, 23 de março de 2007
SENÃO NÃO VALE A PENA
VAI BUSCAR!
NUMA LISBOA ASSASSINADA
Porquê o sono
que nunca durmo
De que me escondo
Com quem me cruzo
Sob que escombros
de que futuro
me reencontro
ou me sepulto
Que mar ao longe
Que ruas sulco
Por onde rondo
Que céu Que burgo
este que em sonhos
em vão procuro
DAVID MOURÃO-FERREIRA
(1927 — 1996)
PARA LAVAR OS OLHOS
DO CINEMA E DA FILOSOFIA (CONCLUSÃO)
DO CINEMA E DA FILOSOFIA (INTRODUÇÃO)
quinta-feira, 22 de março de 2007
SEM MEDO DO ESCURO
Que é um Anjo,
Que me proteje de noite e de dia.
Eu não o vejo,
Eu não o oiço,
Mas sinto sempre a sua companhia.
Ele, não, não usa a espada,
Ele, não, não usa a força,
Usa uma Luz com que ilumina a minha vida.
Usa uma Luz com que ilumina a minha vida.
ETERNAS SAUDADES — I
E temos na sua voz
A voz de todos nós.
Dei o teu nome à minha terra,
Dei o teu nome à minha arte,
Dei a tua vida à primavera,
Dei a tua voz à eternidade.
AINDA MAIS DESCOBRIMENTOS
MAIS DESCOBRIMENTOS
MANIPULADOR
I never blink
I am turning in your hand
Turning in your hand
small blue thing
«Small Blue Thing», Suzanne Vega (1985), Suzanne Vega.
JOGADOR
there are no shadows here
but when I look into your eyes
I wonder what might have been here
because if I had met you on some journey
where would we be now?
«Some Journey», Suzanne Vega (1985), Suzanne Vega.
quarta-feira, 21 de março de 2007
DA ARQUITECTURA
terça-feira, 20 de março de 2007
SOL NASCENTE
OLHAR NO ORIENTE
DESCOBRIMENTOS (IV)
O ASSÉDIO DO TÉDIO
«I Just Don't Know What To Do With Myself»,
The White Stripes.
Video-clip realizado por Sofia Coppola, com Kate Moss.
segunda-feira, 19 de março de 2007
PORTUGAL E OS OUTROS
DO ETERNO FEMININO — IV
LITERATURA DE APOIO
DA IRONIA (II)
PURA MAGIA
«Tonight, Tonight», The Smashing Pumpkins.
Video-clip inspirado no filme Le Voyage dans la Lune (1902) de Georges Méliès.
O 57 FAZ 50 ANOS
domingo, 18 de março de 2007
VIAGEM INTERIOR PELA NOITE DENTRO
sábado, 17 de março de 2007
AQUI VOU EU PARA O GUINCHO...
«Rockaway Beach», Ramones.
Tema gravado ao vivo no famoso concerto de Passagem d'Ano (31-12-1977), no Rainbow Theatre, em Londres. O registo deste espectáculo deu origem ao álbum duplo It's Alive. Embora o vídeo não esteja nas melhores condições, opta-se por publicá-lo, aqui, devido ao carácter histórico do referido concerto, onde os Ramones tiveram uma das melhores prestações da sua longa carreira. Os músicos são: Johnny Ramone — guitarrista; Joey Ramone — vocalista; Dee Dee Ramone — baixista; Tommy Ramone — baterista.
SAGRAÇÃO DA PRIMAVERA
CLARIDADE E CLAREZA
sexta-feira, 16 de março de 2007
DAS CAIXAS-DE-COMENTÁRIOS NA BLOGOSFERA
PROSA QUE SE DEVORA
— Um dia destes — prosseguiu Markovic com o mesmo tom de voz — lembrei-me de uma coisa quando via televisão num hotel. Antigamente os homens olhavam para a mesma paisagem durante toda a sua vida, ou durante muito tempo. Até o viajante o fazia, pois qualquer caminho era longo. Isso obrigava a pensar sobre o próprio caminho. Agora, pelo contrário, tudo é rápido. Auto-estradas, comboios... Até a televisão nos mostra várias paisagens em poucos segundos. Não há tempo para reflectir sobre nada.
— Há quem chame a isso incerteza do território.
— Não sei como o designam. Mas sei o que é.
(...)
AVISO AOS QUE SÓ AGORA AQUI CHEGARAM
quinta-feira, 15 de março de 2007
DO ETERNO FEMININO — III
Ah... — Isto tudo vem a propósito de eu estar à espera dos seguintes três textos (não há dois sem três): a 3.ª parte (três, outra vez) de «O Fio de Ariadne», que vai direitinha para o pé das outras duas em armário-livreiro fechado ao público; um comentário a um post à escolha, sem revisão nem nada, para publicação em postal cá na casa blogosférica; e, ainda, uma recensão crítica, para consumo pessoalíssimo, dos meus artigos sobre Cinema na revista Alameda Digital (um está à vista, os outros estão no arquivo — é só procurar).
O postal saiu assim, tripartido e atabalhoadito de todo, devido a insondáveis magnetismos do eterno feminino.
A MAGIA DO SOM E DA IMAGEM
E eu sou assim porque vi(vi) os Filmes de Wim Wenders.
OS TÚMULOS
Escuta o adeus da grande voz sentida.
Santa e rainha, aguarda aquela vida
Que só depois do fim é começada.
Pedra de sonho e dor, foste lavrada
Pela Saudade imensa aqui vivida;
Guarda a Saudade, pois, da despedida,
E a esperança da hora desejada.
Guarda a Saudade que jamais acaba,
Que o dia há-de vir, de amor contente,
Os que dormem aqui vão esperando.
E no fragor do mundo que desaba,
Hão-de acordar, sorrindo eternamente,
Os olhos um no outro enfim pousando!
(1878 — 1946)
dedicados a D. Inês de Castro e D. Pedro.]
FOLHAS CAÍDAS
Perfume nem voz não tem;
Quem canta é o ramo agitado,
O aroma é da flor que vem.
A mim, tornem-me essas flores
Que uma a uma eu vi murchar,
Restituam-me os verdores
Aos ramos que eu vi secar...
E em torrentes de harmonia
Minha alma se exalará,
Esta alma que muda e fria
Nem sabe se existe já.
(1799 — 1854)
LÍRICA CAMONIANA
Claras e frescas águas de cristal,
Que em vós os debuxais ao natural,
Discorrendo da altura dos rochedos;
Silvestres montes, ásperos penedos,
Compostos em concerto desigual:
Sabei que, sem licença de meu mal,
Já não podeis fazer meus olhos ledos.
E, pois me já não vedes como vistes,
Não me alegrem verduras deleitosas
Nem águas que correndo alegres vêm.
Semearei em vós lembranças tristes,
Regando-vos com lágrimas saudosas,
E nascerão saudades de meu bem.
LUÍS VAZ DE CAMÕES
(1524 — 1580)
quarta-feira, 14 de março de 2007
PENSAMENTO DO DIA
BALADA REDENTORA
Tema «Death Is Not The End» (Letra e Música de Bob Dylan), do Álbum Murder Ballads de Nick Cave And The Bad Seeds.
Interpretado aqui por Kylie Minogue, Nick Cave e Shane McGowan, ao vivo e em directo, no programa Most Wanted da MTV, em 1995.
UMA SEQUÊNCIA MUITO CÁ DE CASA
«The Carny» e «From Her to Eternity»,
Nick Cave And The Bad Seeds.
Temas interpretados ao vivo pelos próprios numa sequência de
Der Himmel Über Berlin (R. F. A./França, 1987)
de Wim Wenders.
terça-feira, 13 de março de 2007
JEUNESSE
VINGT ANS
(1854 — 1891)
segunda-feira, 12 de março de 2007
UMA QUESTÃO DE APLICAÇÃO DA ESCALA CERTA
domingo, 11 de março de 2007
LEITURA MENSAL
TODO O PESSOA E TUDO!
DAS LIGAÇÕES NA BLOGOSFERA
Comecemos pelo fim. No meu caso, no que a estas últimas diz respeito, a coisa é simplissíssima: nos postais que vou escrevendo, estabeleço ligação a o que refiro directamente, se essa pessoa, ou coisa, estiver on-line, e eu disso tiver conhecimento, e me apetecer; essa é que é essa. De seguida, muito naturalmente, a ligação vai morrendo, pois vai ficando para baixo, para finalmente ser arquivada no respectivo mês de publicação do postal. Tenho pena, mas é a lei da vida blogosférica.
Em relação às primeiras aqui referidas — as permanentes —, o critério, para já, no que me toca, processa-se da seguinte forma: introduzi na coluna da direita a ligação à primeira e única revista on-line onde escrevo; e, ainda, ao blogue colectivo onde colaboro como co-autor e me estreei nestas andanças da blogosfera. É o que há, é o que lá está.
sábado, 10 de março de 2007
sexta-feira, 9 de março de 2007
PARA A MULHER LATINA NÃO VAI NADA?... TUDO!
Uma Fotografia de Agnès Varda.
tem movimentos de gata.
Na canastra, a caravela;
no coração, a fragata.
gaivotas vêm pousar.
Quando o vento a leva ao baile,
baila no baile co'o mar.
tem algas na cabeleira;
e nas veias o latido
do motor de uma traineira.
tempestades apregoa.
Seu nome próprio, Maria.
Seu apelido, Lisboa.
(1927 — 1996)
FOME DE SABER
FÓRMULAS PERFEITAS
[Nota1: Ficha técnica do livro: Houellebecq, Michel. THOMAS RUFF: Nudes. 152 pp., 100 color illustrations. 4to, boards. New York, Harry N. Abrams, 2003.]
[Nota2: Neste volume, o artista Thomas Ruff apresenta uma série fotográfica feita a partir de imagens pornográficas que circulam na internet. O fotógrafo alemão apropriou-se delas e tratou-as digitalmente. É assim que nos oferece as fotografias.]
[Nota3: Hei-de cá voltar para falar dos textos de Michel Houellebecq no livro.]
JAMAIS O SOL
em plena glória.
Bela é a lua e o seu sorriso
na noite serena.
Mais belo porém, o riso suave
do meu amor.
Bela é a lua vogando nas ondas.
Belas as estrelas no brilho da noite.
Mas nunca as estrelas, jamais a lua,
terão a beleza, um pouco sequer,
da cor e da luz que moram nos olhos
do meu amor.
Tradição Oral, Galês (Século XVII)
O Imenso Adeus (Poemas Celtas do Amor), tradução de José Domingos Morais, edição Assírio & Alvim, colecção Gato Maltês, Lisboa, 2004.
quinta-feira, 8 de março de 2007
UM DIA ESPECIAL
Quanto ao resto: cá para mim, todos os dias são «Dia(s) da(s) Mulher(es)».
AO REDOR DESTA FOGUEIRA...
MAIS DO MESMO (3)
«Garota de Ipanema», António Carlos Jobim e Vinícius de Moraes.
Tema interpretado aqui pelos próprios, num concerto gravado em Milão com Toquinho e Miúcha.
BOM DIA (3)
Sequência em flash-back do Filme Un Homme et Une Femme (1966), de Claude Lelouche, ao som de «Samba Saravah», de Baden Powell, interpretado por Pierre Barrouh, que contracena aqui com Anouk Aimée.
DA MAIOR ENCICLOPÉDIA DO MUNDO
quarta-feira, 7 de março de 2007
terça-feira, 6 de março de 2007
DE HOMEM PARA HOMEM — IV
C'Était Un Rendez-Vous — um Filme underground, realizado em plano-sequência, nas ruas de Paris, em 1978 —, por Claude Lelouche.
Vai todo para o meu amigo Duarte Nunes de Almeida, com aquele abraço de sempre!
DO ETERNO FEMININO — II
Tecido e fornecido
Por uma amante da sabedoria...
... E da poesia...
Essas duas irmãs inseparáveis.
Porque...
Ao princípio era o verbo.
DO ETERNO FEMININO — I
ACELERAÇÃO
BOM DIA (2)
«Slave to Love», Bryan Ferry.
Video-clip com excertos de cenas do filme 9 1/2 Weeks (1986) de Adrian Lyne.
Para a Cristina, «Leitora do Mês de Setembro» (dedicatória acrescentada no final de Setembro).
IMORTALIDADE
Tenho um buraco atónito e apagado;
Já rosas de gangrena me hão toucado,
Comendo-me as raízes dos cabelos;
Já os dentes me caíram, amarelos;
Já o meu nariz é um osso cariado;
Já o meu sexo é um trapo amarfanhado;
Já o meu ventre são bichos aos novelos;
Já as minhas carnes moles despegaram,
Já a língua inútil se me apodreceu;
Já a terra se fendeu por me aceitar;
Já milhões de pés vivos me pisaram;
Filho do pó, já o próprio pó sou eu...
Mas, ao terceiro dia, hei-de acordar!
JOSÉ RÉGIO
(1901 — 1969)
O POETA MORTO
Calçaram-lhe sapatos de verniz.
Moscas varejas chupam-lhe o nariz,
E ele mantém-se pálido e correcto.
Cheira a cera no quarto, já repleto
Do que há de mais distinto no país:
... Um general, dois lentes, um juíz...,
Com ar triste, imbecil, grave e discreto.
Logo, os críticos sérios e carecas
Folhearão no pó das bibliotecas
Um livro caluniado enquanto vivo
Esse a quem chamam hoje ilustre e augusto
Porque... porque ele, agora, é inofensivo
Como qualquer estampa ou qualquer busto!
JOSÉ RÉGIO
(1901 — 1969)
segunda-feira, 5 de março de 2007
DA VIDA PRÁCTICA
BELEZA É FUNDAMENTAL
(1888 — 1935)
A DREAM
I have dreamed of joy departed —
But a waking dream of life and light
Hath left me broken-harted.
Ah! what is not a dream by day
To him whose eyes are cast
On things around him with a ray
Turned back upon the past?
That holy dream — that holy dream,
While all the world were chiding,
Hath cheered me as a lovely beam
A lonely spirit guiding.
What thought that light, thro' storm and night,
So trembled from afar —
What could there be more purely bright
In Truth's day-star?
EDGAR ALLAN POE
(1809 — 1849)
domingo, 4 de março de 2007
UNIVERSALIDADE LUSÍADA
Sejam bem-vindos e estejam à-vontade, que a hospitalidade é mesmo só o que resta nesta ocidental praia lusitana.
IMAGENS-EM-MOVIMENTO-EM-ESCRITA-AUTOMÁTICA-DE-PRIMEIRO-GRAU-DE-2005-2006
LUTA GRECO-ROMANA
(1888 — 1935)
IMAGENS-EM-MOVIMENTO-EM-ESCRITA-AUTOMÁTICA-DE-SEGUNDO-GRAU-DE-2006-2007
sábado, 3 de março de 2007
MAIS MÚSICA PARA HOJE
«Blue Moon» — Clássico da música popular escrito por Richard Rodgers e Lorenz Hart em 1934.
Interpretado aqui por Cybill Shepherd e Bruce Willis no episódio «The Dream Sequence Always Rings Twice» da série televisiva Moonlighting.
DEUTSCH
Posto isto, cá estou eu pronto para me lançar na aprendizagem de tão hermético Idioma. Será uma prioridade, neste ano de 2007; e, até já selei compromisso virtual — mas muito real — com pessoa de uma só palavra e firmes determinações: quando nos encontrarmos, testaremos os nossos avanços germânicos, feitos paralelamente, mas, em quadrantes diferentes. Nós por cá, todos mal, que já tenho companhia para a empreitada, mas falta-nos Mestre.
sexta-feira, 2 de março de 2007
LET THERE BE LIGHT
Where there's music and there's people
And they're young and alive
Because I want to see people
And I want to see life
Crashes into us
To die by your side
Is such a heavenly way to die
Kills the both of us
To die by your side
Well, the pleasure - the privilege is mine
Take me anywhere
I dont care
I dont care
I dont care
Take me out tonight
Oh, take me anywhere
AVISO AOS LEITORES POR CAUSA DOS TEMAS
TALENT DE BIEN FAIRE
(1888 — 1935)
DESMONTANDO CHAVÕES — RASGANDO CLARÕES
Assim, só aos totalmente livres de grilhetas conformistas é acessível retomarem conversas entre iguais, com pessoas semelhantes, em que arde por dentro, desde sempre, a mesma chama. E chama não rima com chavão, mas sim com chamamento. Se essas pessoas, por azar, não trocarem palavras entre si, há vinte anos, ainda para mais não se vendo, apartadas pela distância, mas — subitamente, num repente! — houver um clique, e, um interruptor reabrir os canais de comunicação que para sempre pareciam vedados, ou até rasgar outros e novos caminhos, e a conversa começar a fluir, como que por milagre, jorrando as palavras da mesma forma que correm os rios por entre as florestas virgens... — então, aí, saberemos que a regeneração existe e está ao alcance do homem superior. Faz parte, no entanto, dos mistérios da criação, pois pertence esta matéria à ordem dos insondáveis acasos, vedados às explicações da razão humana. Saibamos receber estes momentos especiais como dádivas que nos ajudam a iluminar essa noite escura que o lado mais sombrio da nossa existência terrena é. Sigamos a estrada. Não tenhamos medo.